quarta-feira, 7 de março de 2012

COMER PELAS BEIRADAS

COMER PELAS BEIRADAS


            A expressão, bastante popular, quer dizer ir aos pouquinhos. Aprendemos com nossas avós que mingau quente deve ser comido pelas beiradas, para não queimar a boca. Em Minas, a expressão cai como uma luva: quando algo parece muito difícil, o mineiro prefere ir devagar, sem pressa, até alcançar o objetivo.
            Em outras palavras, é a atitude do come quieto,o que faz mas não conta, não abre o jogo, não revela o pulo do gato – e quando você percebe, ele, no mocó, e sem alarde, já faz o que queria fazer.

FOLCLORE


            O berço dessa palavra se deve ao antiquário inglês Willian John Thoms. Em 22 de agosto de 1846 – dia em que, alíás, se comemora o DIA DO FOLCLORE - , usando o pseudônimo de Ambrose Merton, ele publicou um artigo com o título Folk-lore na revista The Athenaeum, de Londres. Propunha o termo como apropriado ao esudo das lendas, tradições e superstições de um povo. Folk quer dizer (afim do alemão Volk), povo, nação, família+lore, (afim do inglês to learn), instrução, conhecimento, saber. Portanto, folk-lore ou folclore  é a reunião das manifestações da sabedoria popular.
Depois, o vocabulário passou a designar a cultura originária das classes menos favorecidas, instrumento da história não escrita de um povo. Hoje, é reconehcido como ciência, a ponto de tornar seu objetivo um tema de educação nas escolas e um bem protegido pela UNESCO. Não é, por conseguinte, e como muitos pensam, simples coleção de fatos isolados e disparatados, e sim fascinante reunião de tudo aquilo transformado, desde tempos imemoriais, um tesouro inesgotável. De certa forma, excelente lenitivo para a sofrida espécie humana.


CARDÁPIO

            Neologismo criado pelo filológo brasileiro Castro Lopes, com o que pretendia substituir o menu francês. Formou-se a partir das palavras lainas charta, folha de papiro, papel escrito e dapis, qualquer tipo de refeição ou comida. A palavra evoluiu para a supressão da sílaba ta,ficou cardapis e, afinal, cardápio, a lista escrita das iguarias disponíveis numa refeição. Embora usado hoje, o vocábulo não conseguiu desalojar completamente o menu, que se universalizou a partir de seu berço na frase indication de ce qu’on aura à manger le plus menu détail, ou seja, indicação do que se tem para comer, até o mais miúdo pormenor. Bom motivo para abrir o apetite.



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