Bahia 360 Graus - Dentro do Large Hadron
Collider (LHC), o acelerador de partículas da Organização Europeia para a
Pesquisa Nuclear (CERN), na fronteira entre Suíça e França, a maior câmera
fotográfica do mundo registrou um traço probabilístico da existência dessa
partícula misteriosa. A construção do LHC custou cerca de 10 bilhões de dólares
e muitos questionam se os experimentos feitos ali não seriam uma tentativa de se
“brincar de Deus”. O motivo é que os cientistas tentam recriar as condições que
formaram o universo, a partir do chamado Big Bang”.
Desde 2010, quando o LHC foi inaugurado, as equipes dos experimentos Atlas e
CMS, analisaram 800 trilhões de colisões que ocorreram dentro do LHC, onde
supercondutores aceleram, em sentidos opostos, dois feixes de energia formados
por prótons até quase atingirem a velocidade da luz. Os prótons completam 11 mil
voltas por segundo dentro do acelerador até colidirem de frente. Depois de
tantos testes, os cientistas detectaram apenas em dois eventos que podem ter
revelado o bóson de Higgs.
Conhecido como “bóson de Higgs”, essa partícula guardaria “o segredo para a
existência da matéria”. Chamada também de “partícula de Deus”, para os
cientistas ela poderia ser a “chave” para entendermos de onde viemos e para onde
vamos. O nome é uma homenagem ao físico escocês Peter Higgs, que escreveu em
1964 sobre a teoria de que ela existia. Higgs é um ateu, manifestou várias vezes
a reprovação ao apelido dessa partícula subatômica que recebe seu nome, temendo
que ofenda pessoas religiosas.
O uso do termo se tornou mais popular após o lançamento do livro, “A
Partícula de Deus” (1993), de Leon Lederma. Ele dizia que o bóson de Higgs
poderia ser a chave para “desmistificar” a religião de vez.
Mas a descoberta é vista de maneira diferente pelos religiosos. A Igreja
Católica, através de Marcelo Sánchez Sorondo, teólogo e chanceler da
Pontifícia Academia das Ciências do Vaticano disse que o bóson de Higgs
“demonstra algo maravilhoso”. “O cientista se limita a dizer que descobriu a
partícula; o crente vê o fruto da vontade de Deus”, disse Sorondo, tentando
desfazer a ideia de que o avanço da ciência diminui o espaço para as crenças
religiosas.
Embora os evangélicos não tenham um porta-voz oficial sobre a questão, alguns
cientistas protestantes se manifestaram sobre a questão.
O Dr. Larry Vardiman, que trabalha para o Instituto de Pesquisas sobre a
Criação acredita que, embora o bóson de Higgs não tenha “conotações religiosas
específicas”, sua descoberta pode servir para lançar alguma luz sobre o relato
bíblico da criação. Vardiman é um cientista e pesquisador nas áreas de
astrofísica e geofísica.
Segundo ele: “É legítimo tentar entender como a massa, o espaço e o tempo se
originaram, mas não se os processos que usamos para explicar a sua origem
esquecem do Criador… A teoria do Big Bang diz que o universo começou como um
ponto infinitesimal e se expandiu, criando espaço e massa bilhões de anos atrás
Embora esta ideia possa parecer coerente com a descrição da criação de Gênesis
1:1, dizem que pode ter acontecido há bilhões de anos, enquanto a Bíblia diz que
aconteceu em um dia de 24 horas, apenas alguns milhares de anos atrás.
A teoria também é apresentada como um evento natural, que não exigiu o
envolvimento de Deus… Infelizmente, os cientistas que teriam as melhore
condições para observarem a obra de Deus através de um microscópio ou de um
telescópio, muitas vezes parecem ser os primeiros a negar que Ele é o Criador.
Porque negam o Criador, eles não conseguem entender a explicação definitiva para
o mundo que nos rodeia, mesmo que as Escrituras digam “Porque as suas coisas
invisíveis, desde a criação do mundo são vistos claramente, sendo percebidos por
meio das coisas que são feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade, de modo
que eles fiquem inescusáveis.” (Romanos 1:20).”
Dr. Jeff Miller, escritor e apologeta, afirmou que a descoberta de evidência
para o bóson de Higgs não provam nada:
“Note-se que sem a existência desta partícula, os teóricos do Big Bang
reconhecem que o Universo não podia sequer ter se formado após o Big Bang. A
comprovação de sua existência não irá provar que o Universo se formou como diz a
Teoria do Big Bang… Sua existência não prova que a matéria existe desde sempre
ou pode trazer à existência tudo a partir do nada… E sua existência certamente
não prova que as leis científicas que regem o Universo poderiam ser escritas
sozinhas.
No entanto, sem a existência da partícula, os teóricos sabem que o
Big Bang não poderia acontecer. Logo, a descoberta de sua existência não iria
provar nada no final, mas apenas permitir que os evolucionistas possam
atravessar um dos muitos abismos que ficam no caminho de sua teoria… a criação
ainda se destaca como a explicação mais lógica para a origem do Universo, pois é
o modelo que corresponde a evidência científica”.
FONTE: BAHIA 360 GRAUS. 9 de julho de 2012 | Categoria:Ciência
& Saúde |
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