domingo, 31 de março de 2013

A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO

A expressão "A última flor do Lácio", que designa a nossa língua materna, vem do soneto Língua Portuguesa, de Olavo Bilac, cujos dois primeiros versos dizem "Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura." O Lácio, a que Bilac se referia, era uma região pobre da Itália antiga às margens do rio Tibre, onde se falava o latim. Dessa árvore (o latim), muitas flores brotaram (espanhol, italiano, francês, e o romeno, entre outras ) sendo a última o português. Há quem diga que o adjetivo "última", usado por Bilac, não tem conotação temporal, mas qualitativa (por ser o português uma das línguas latinas menos estudadas) ou locativa --por se situar no extremo oeste da Europa, Portugal teria sido o último lugar onde os generais romanos (e o Latim) chegaram.

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