A expressão "A última
flor do Lácio", que designa a nossa língua materna, vem do soneto Língua
Portuguesa, de Olavo Bilac, cujos dois primeiros versos dizem "Última
flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura." O
Lácio, a que Bilac se referia, era uma região pobre da Itália antiga às margens
do rio Tibre, onde se falava o latim. Dessa árvore (o latim), muitas flores
brotaram (espanhol, italiano, francês, e o romeno, entre outras ) sendo a
última o português. Há quem diga que o adjetivo "última", usado por
Bilac, não tem conotação temporal, mas qualitativa (por ser o português uma das
línguas latinas menos estudadas) ou locativa --por se situar no extremo oeste
da Europa, Portugal teria sido o último lugar onde os generais romanos (e o
Latim) chegaram.
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